História da moda - Bizâncio
- ruthmaria2300
- 10 de dez. de 2015
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Roma estava enfraquecida e a capital do império é transferida para uma antiga colônia grega situada no Bósforo chamada Bizâncio e cuja capital passou a ser Constantinopla, no século IV. Com o passar dos anos, já no final do mesmo século, o império foi dividido em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. Essa região oriental estava mais fortificada devido a diversos fatores sócio-econômicos-culturais, além da situação geográfica privilegiada, servindo de entreposto entre Oriente/Ocidente.
O apogeu da cultura bizantina se deu no século VI durante o governo do imperador Justiniano, cuja esposa era Teodora. A religião vigente era a cristã, todavia, se diferenciando consideravelmente da Igreja Romana e, com o passar do tempo, no início do século XVI, houve de fato a cisão entre a cristandade, dividindo-se em Católica Romana e Ortodoxa Oriental.
O Oriente estava em condições gerais bem superiores às do Ocidente, principalmente, no que diz respeito à economia. O luxo oriental sempre foi mais ostensivo do que o ocidental e, em Constantinopla, não era diferente.
No que diz respeito às roupas locais, nunca na história da indumentária houve uma aproximação tão grande entre roupas civis e roupas religiosas.
A seda foi o principal tecido usado em Bizâncio, desenvolvendo-se inclusive a sua produção na extensão do próprio império, não precisando com isso importá-la da Índia e da China e, essa fabricação, era monopólio do governo. Normalmente, esse tecido só podia ser usado pelos altos funcionários da corte, e os tecidos mais opulentos e suntuosos eram de uso da família imperial. Como se não bastasse todo esse esplendor, as roupas ainda eram bordadas com fios de ouro, pérolas e pedras preciosas, refletindo todo um luxo e fazendo eco aos mosaicos das construções locais, que é a arte maior entre os bizantinos. Contudo, a lã, o algodão e o linho também faziam parte da indumentária de Bizâncio.
Como em outras culturas, a roupa bizantina também era um diferenciador social. Eram verdadeiramente hierárquicas e, quanto maior o prestígio do portador, mais ornamentadas eram. Não havia nas peças um compromisso de sedução, muito menos de utilidade, visto que, a principal característica era de fato esconder o corpo, isso também claramente evidenciado pelas formas amplas do corte que envolviam o corpo do usuário. Pode-se perceber que essas roupas eram totalmente diferentes daquelas usadas no período da antigüidade clássica, fosse tanto na Grécia quanto em Roma.
A influência do corte do manto era nitidamente romana, todavia, evoluiu ganhando maior comprimento. Esses mantos eram presos nos ombros por broches ou fivelas que eram verdadeiras jóias. A roupa em si era muito semelhante para os dois sexos, sendo que ambos usavam túnicas com mangas longas até os punhos e, o aspecto de orientalização, foi ficando cada vez mais evidente.
Para os sapatos, não era diferente o excesso de ornamentação. Normalmente em seda, tinham também aplicações de pérolas e pedras.
Ainda hoje, os patriarcas da Igreja Ortodoxa, em suas cerimônias religiosas, usam paramentos muito parecidos com as roupas usadas pelos imperadores bizantinos.
O Império Romano do Oriente vai perdurar até 1453, quando os turcos otomanos tomaram Constantinopla e a saquearam. Essa foi a data do fim da Idade Média.
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