História da moda - Feudalismo
- ruthmaria2300
- 10 de dez. de 2015
- 3 min de leitura
As escolas eram mantidas pela Igreja Católica, e, por conseguinte, estavam diretamente ligadas à Catedral, influenciando assim a sociedade e o Estado no que diz respeito às artes e ao ensino.
Existiu uma tentativa de unificar a Europa sob o comando de um governante católico, no caso Carlos Magno, que privilegiava o ensino e as oficinas de arte, sistema que obteve sucesso enquanto o mesmo estava vivo. Depois de sua morte e da divisão do reino entre os herdeiros, o objetivo foi perdido. As oficinas por ele criadas foram de tremenda importância no que diz respeito à produção cultural, e estas antecederam às dos mosteiros que, após a dissolução da unificação européia, passaram a dominar todo tipo de produção intelectual, estando esta totalmente ligada às questões religiosas cristãs.
No que tange às roupas, o próprio sistema de feudalismo/vassalagem contribuiu para evidenciar as diferenças sociais entre senhor/empregado; todavia, qualquer que fosse a escala de prestígio na sociedade européia ocidental, era bem inferior àquele luxo ostensivo bizantino. Possivelmente, a causa principal das roupas dos europeus ocidentais serem menos opulentas que as do Império Romano do Oriente fosse a própria razão econômica.
Assim como se perderam os valores culturais clássicos em privilégio daqueles dos povos bárbaros, o mesmo aconteceu no que diz respeito à indumentária. Foram surgindo singularidades isoladas que duraram até o início da Baixa Idade Média, quando as diversas culturas européias se uniram para as Cruzadas, passando a haver uma certa uniformidade na maneira de se vestir.
A roupa usada por mais ou menos favorecidos materialmente falando, tinha a principal diferença nos tecidos e ornamentos, visto que, o corte era muito semelhante para as classes sociais distintas. Até mesmo o tipo de fibra usada em suas túnicas, fosse a lã ou o linho, era a mesma, distinguindo-se umas das outras na qualidade técnica mais aprimorada de fiação para aqueles e aspectos brutos e fiados em casa para estes. Os mais favorecidos chegavam a usar até mesmo a seda.
É claro que as roupas do dia-a-dia eram menos suntuosas do que aquelas usadas em momentos mais cerimoniosos. Estas, obviamente, eram inspiradas na corte de Bizâncio. A silhueta de quem a usava não era o fator mais importante das roupas, porém, o grande diferencial vinha, também, pela quantidade de tecido usada para elaborá-las, que é uma outra forma reguladora de diferenças sociais; assim como nas cores, sendo os camponeses portador

es de tonalidades discretas e sóbrias, ao passo que os mais afortunados as usavam mais variadas e ostensivas.
A gonelle, tipo de túnica usada pelos homens desse período, foi à altura das panturrilhas para os mais endinheirados e, não chegando aos joelhos para os menos favorecidos. Essa, era presa ao corpo por um cinto. Por cima da túnica, era usada uma capa semicircular atada ao ombro por um broche, sendo forrada de pele para os dias mais frios. Calções chamados braies eram usados com meias por baixo das túnicas sendo longos ou curtos aos joelhos, e amarrados com bandas de tecido sobre a perna do joelho para baixo.
Capas com capuzes, herdadas dos romanos, também fizeram parte da indumentária desse período como forma de proteção contra as intempéries, uma vez que a vida rural deixava as pessoas mais vulneráveis às inclemências. Para as campanhas, era comum o uso do couro ou tecidos mais resistentes, inclusive as túnicas, podendo ser cobertas com placas metálicas, como fator também de proteção.
As túnicas femininas, com ou sem mangas, em função do clima, por sua vez, recebiam o nome de stolla e eram vestidas pela cabeça. Eram presas aos ombros por broches e atadas à cintura por um cinto. Sobre os ombros, seja por adorno ou proteção, usavam um lenço cujo nome era palla, entretanto, também existia o manto longo que chegava ao comprimento da própria túnica.
Os cabelos para ambos os sexos eram longos, porém, normalmente presos para as mulheres. Já os calçados, tanto para homens quanto para mulheres, eram de couro, dos quais saíam tiras a serem cruzadas e amarradas nas pernas.
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